quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Senadores twitteros

Durante a sessão que vota a reforma eleitoral, os senadores Aloísio Mercadante e Cristovão Buarque deixavam seus posts no twitter.

@Sen_Cristovam: estamos votando reforma eleitoral.alem de timida querem cortar partidos pequenos do debate presidencial.

@Mercadante: Iniciamos a votação da reforma eleitoral.

Um assunto que os próprios julgam de suma importância, tem sua importância dividida com o twitter.
Tá certo que censura não, mas tudo tem hora.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Redundância presidencial

Nem a base aliada do PT concorda mais com o pedido de urgência na tramitação dos projetos do pré-sal. Hoje o presidente da Câmara Michel Temer que por acaso é do PMDB (partido do qual é também o presidente do senado José Sarnei), vai pedir ao presidente Lula que volte atrás novamente no pedido de urgência. Lembrando que se confirmado não vai ser a primeira vez que Lula volta atrás em suas palavras, ele aconselhou o senador Aloísio Mercadante a renunciar o cargo e depois madou-o renunciar a renunciar, ainda no caso pré-sal, literalmente mudou de idéia da noite pro dia exatamente sobre o caráter de urgência dos projetos do pré-sal.

Apenas o PSB ainda apoia o PT, que ainda reluta em voltar atrás no voltar atrás. O PMDB entrou no coro hoje, o PSDB e o DEM já haviam se pronunciado dizendo que iriam barrar os projetos, inviabilizando que se resolvese tudo no tempo hábil de 90 dias que é estipulado quando se está em caráter de urgência.

Os especialistas julgam que o PT mantem-se relutante para que não fique a impressão de que toda essa urgência seja encarada como uma bandeira política em prol da ministra chefe da Casa Civil Dilma Roussef. Mas pelo bom censo, não há outra alternativa a não ser voltar atrás novamente.

Pode ter parecido falta de vocabulário ou redundância, mas esse é o nosso presidente nos últimos 7 dias. Um voltar atrás com suas resoluções que não acaba nunca.

Pré-sal: urgência ou não a discussão vai demorar

A assunto pré-sal não vai sair de cena tão cedo. As manifestações de insatisfação para com o conteúdo dos projetos de regulamentação do pré-sal e o envio ao parlamento em caráter de urgência estavam novamente na boca dos representantes do senado.

O senador Cristóvão Buarque ainda pede que o tempo para avaliar os projetos seja maior:

– Insisto que esse assunto deve dominar nossas discussões nos próximos meses, que não devemos ter pressa.

A senadora Marisa Serrano criticou a criação da Petro-sal:

– A Petrobras não está dando certo? Claro que está. Então, por que essa Petro-Sal? Será um cabide de empregos? O curioso é que há poucos meses o PT acusava os partidos de oposição de tentar acabar com a Petrobras. Pois agora o governo anuncia uma nova empresa para o petróleo. Será que a Petrobras não faria  esse novo trabalho?

Já o senador Aloísio Mercadante justificou o regime de partilha como sendo uma medida de proteção:

– O regime é de partilha porque nós queremos consolidar a liderança da Petrobras. Assim, parte de toda a atividade no pré-sal será controlada pela Petrobras, para manter o controle estratégico público sobre as reservas.





Fonte: Jornal do Senado Ano XV – Nº 3.087 – Brasília, quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dilema do dia 1º

A notícia da mudança na política de regulamentação do petróleo que adotou o regime de concessão que privatiza as reservas de petróleo, com um controle de partilha, vai contra o modelo utilizado no resto do mundo. Os oposicionistas rebateram essa proposta, mas o Presidente Lula acabou acatando tal política.

O fato é que as especulações dos economistas e dos oposicionistas acabaram se tornando verdade nessa terça-feira. Ontem após o pronunciamento das normas de regulamentação do pré-sal, a Bovespa teve uma leve queda impulsionada pela baixa nas ações da petrobrás. Fato que se repetiu hoje. A Bovespa voltou a cair, junto com o valor do barril de petróleo, um fato que já havia sido previsto pelo governador José Serra.

A capitalização da petrobrás, transformando-a em títulos do governo por um lado deixa o petróleo do pré-sal protegido contra os investidores extrangeiros, mas acaba com o interesse dos pequenos e médios investidores que foram os mais afetados.

Um dilema se instaura, a capitalização vai promover uma grande capitação de renda para o governo gerando capital para investimentos como o planejado, mas também vai afastar os investidores frenando o crescimento econômico. É o típico debate PT contra PSDB respectivamente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Aprenda demagogia da noite pro dia

Hoje foi o dia da demagogia. O dia desse governo apresentar um de seus maiores exemplos. A cerimônia de apresentação da plataforma de pré-sal que já vinha sendo discutida há tempos, parecia começar a demonstrar uma cooperação entre a base governista e a oposição. Mas hoje a tarde isso foi desmentido. Lula voltou atráz com sua palavra em relação ao caráter de urgência do projeto do pré-sal (ops, vamos dar uma de Lula), não um mas quatro projetos, e para agravar a situação anunciou que vai deixar 30% da plataforma pré-sal nas mãos da petrobrás (lembrando que dos outros 70% que serão licitados a petrobrás tem vantagem, que é em caso de empate quem ganha é a petrobrás).

Mas acho que o Lula achou que iria passar impune. Não. As ações da petrobrás fizeram a Bovespa despencar.

O senador Osmar Dias do PR em nome da liderança do PDT disse:

- O debate está apenas começando. O Congresso irá tomar uma decisão que vai definir o futuro do país. Não sei se teremos a capacidade de, em tão curto prazo, decidir o que é melhor para o Brasil. É prudente que tenhamos mais tempo para aprofundar o debate e para que os recursos obtidos com a exploração do pré-sal sejam destinados a beneficiar a população brasileira - enfatizou.
Osmar Dias alertou para a responsabilidade do Congresso, afirmando que não é possível politizar a questão:
- Quem fizer isso estará cometendo um crime contra o país - declarou.

O governador Serra encorpou o coro:

- Não custa nada dar tempo maior para esse debate. Essa foi a opinião que prevaleceu ontem, mas os líderes pediram que o regime voltasse.
Disse Serra ao O GLOBO.

O DEM já faz campanha para dificultar o trâmite dos projetos pré-sal.

Quem pode acreditar em um governo que simplesmente muda de idéia assim literalmente da noite pro dia? Foi um tiro no pé que o governo deu hoje.

Marina (greenpeace) x Dilma (pré-sal)

Durante o cerimônia de lançamento do marco regulatório do pré-sal, três ativistas do greenpeace burlaram a segurança e subiram no palanque com uma faixa dizendo que não há como falar em pré-sal sem falar em poluição.

Esse vai ser o principal tema na briga Dilma Rousseff e Marina Silva. A petista que está fazendo do pré-sal sua bandeira política terá que ser esguia para fugir as latentes acusações de Marina Silva sobre as questões do meio ambiente. As duas já se desentederam antes por motivos parecidos e é de se esperar que a nova militante do Partido Verde ataque com todas as "árvores" a futura candida a presidência do PT Dilma "pré-sal" Rousseff.

Mercadante desmente resolução da reunião com governadores

É pessoal, a notícia sobre as concessões do governo quanto ao pré-sal, acabaram de ser desmentidas pelo senador Aloísio Mercadante em seu twitter. Acompanhem:

"Acabou há pouco a reunião sobre o novo modelo do marco regulatório do pré-sal. Serão encaminhados ao Congresso quatro projetos de lei. O 1º cria regras de exploração com regime misto: partilha e concessão. Dos 24 maiores produtores de petróleo do mundo, 18 têm esta prática. A partilha permitirá ao Estado ter o controle sobre a riqueza. A Petrobras irá operar em 30% da reserva. Os demais 70% vão ser licitados. O 2º criará a Petrosal - empresa s/ receita q irá acompanhar os investimentos e a operacionalização da exploração sob o regime de partilha. Será criado um fundo - caixa que captará renda do pré-sal destinada à infra-estrutura. O resultado da renda será aplicado em educação, cultura, meio ambiente, ciência e tecnologia e combate à pobreza. O 4º projeto prevê a capitalização da Petrobras no valor de até 5 bi de barris de petróleo. O objetivo é garantir musculatura à empresa para gerir o pré-sal, com títulos públicos e a participação dos sócios minoritários. O governo deverá trocar com a Petrobras os seus títulos públicos pelo direito às reservas do pré-sal. Ou seja, será uma capitalização sem custo fiscal que buscará fortalecer a Petrobras."

Nada de adiar a medida de urgência, de mandar um só projeto e nem de não capitalizar a petrobrás. Com esse governo as notícias tem que ser realmente minuto a minuto. Vamos ver o pronunciamento do presidente Lula agora as 15 e 30, sobre a proposta do pré-sal. Será mesmo a ministra Dilma que vai ser a mestre de cerimônia?